14 de abril de 2012

Aprendendo Outros Idiomas

Acessibilidade Deficiência Auditiva Implante Coclear Inglês Oralização Terapia de Fala Treino Auditivo
Por Diéfani Favareto Piovezan

Não é novidade pros meus leitores de longa data e amigos, que eu morei nos EUA metade da minha vida, que foi onde eu perdi minha audição completamente. Como muitos sabem, eu tenho neuropatia, então a compreensão das falas e do som, mesmo quando ainda ouvia um pouco, era de uma qualidade absurdamente baixa.

Muitos me perguntam como fiz pra aprender inglês e espanhol, em primeiro lugar, eu já tinha uma base, pois sendo filha de americana e tendo dupla nacionalidade, minha mãe fez questão que eu aprendesse ao menos o básico. Morando no Brasil durante a infancia, era meio que um pé no saco me dedicar a aprender outro idioma, uma vez que eu achava que sendo pequena, era inutil. Também fiz aulas particulares um tempo, mas depois fiquei mais de um ano parada sem estudar.

Quando cheguei nos EUA, minha audição já estava se deteriorando, fui pra escola e lá e os professores inicialmente falavam inglês mais devagar, o que dava a chance de captar melhor a leitura labial. Acabou o ano e trocou os professores, eles não tinham costume comigo e eu não conseguia entender muito bem, por causa da velocidade em que falavam, quando falei que tinha um pouco de dificuldade auditiva, me mandaram pra fazer exames no médico autorizado da escola, que disse que estava tudo bem.

Na época o problema não era ouvir, era compreensão de falas e fonemas. O problema foi na High School (ensino médio) onde eu já não ouvia e o pessoal era impaciente.

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23 de dezembro de 2011

Atitudes que magoam uma pessoa com deficiência auditiva – By Paula Pfeifer (com adições)

Acessibilidade Deficiência Auditiva Implante Coclear Oralização Variadas
Por Diéfani Favareto Piovezan

Pensando em atitudes alheias que magoam uma pessoa que tem deficiência auditiva, várias me ocorreram. Porém, como tudo na vida, dói mais quando vem das pessoas que gostamos. Não é verdade? Quando um estranho tem uma atitude dessas, a gente nem dá bola, afinal, não vale o gasto de energia. Mas quando alguém próximo nos magoa (mesmo sem intenção), chega a parecer traição. E das graves.

Duas coisas me tiram do sério – por 5 minutos, mas tiram. Primeiro, quero estrangular a pessoa, depois, esqueço. Mas meu sangue ferve, porque sou humana, né?

PRIMEIRA: Quando alguém que você adora (pode ser mãe, irmão, amigo, namorado, filho, marido, etc) age como um idiota completo que nada sabe sobre surdez apesar dos longos anos de convivência com você e solta a maldita frase:

– Mas você não está de aparelho???

Aaaargh!! Pra completar, só se a pessoa em questão dá aquela olhadinha para as suas orelhas pra confirmar a suspeita. Meu Deus!! Me considero uma pessoa sensata e calma na medida do possível mas, quando isso acontece, minha reação primitiva é a de querer tirar meus AASI e fazer a pessoa engolir. E a triste verdade é que isso acontece MUITO. Acho que a gente se acostuma a a abafar o caso e não surtar quando se trata de familiares e pessoas próximas. Com eles, temos 1.000x mais paciência do que com estranhos. O trágico é que eles deveriam ter 1.000x mais paciência e respeito conosco do que efetivamente têm.

SEGUNDA: Quando estou numa conversa com alguém próximo ou, outra opção, quando estou distraída e a pessoa fala algo que não entendo. A questão é não entender o que foi dito. Aí, a(o) bendita(o) solta a pérola: Continue Lendo

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